02/08/2011

Lobos solitários, difícil lidar com eles.

O combate aos 'lobos solitários' que vagam por este mundo afora é difícil, não os animais em sim, presas fáceis da estupidez humana e sim as pessoas que possuem algum tipo de disturbio psicologico que conduzem a um isolamento voluntario e perigoso para a sociedade.

Muitas vezes radicalizados, invisíveis e conectados à internet, agressores considerados "lobos solitários" pelas autoridades, aparentemente o caso do atirador que matou 76 pessoas na Noruega, são difíceis de detectar e podem representar desafio cada vez mais sério para os serviços de segurança.

O norueguês Anders Behring Breivik alega ser parte de uma rede mais ampla de cruzados, os chamados "cavaleiros templários", com células em outros locais da Europa.

Muitos especialistas em segurança duvidam que essa rede exista, mas, se existir, seus membros podem estar operando de modo quase completamente independente e isso representa a mais grave ameaça.


Nos dez anos transcorridos desde os ataques do 11 de setembro de 2001, as autoridades se concentraram em criar sistemas de vigilância que tornam mais fácil bloquear as ações de "redes terroristas", rastreando as conexões interpessoais dos integrantes, e esses métodos são quase que totalmente ineficazes contra alguém que trabalhe sozinho.

A boa notícia era que os "lobos solitários" são muitas vezes ineptos e não dispõem dos conhecimentos necessários para executar ataques de grande porte, diziam especialistas em segurança. Agora, Breivik parece ter tornado mais ameaçadora essa categoria de agressor.

"Se ele estava de fato operando sozinho, os agentes de segurança enfrentarão problemas", disse John Bassett, antigo funcionário do GCHQ, o serviço de escuta de comunicações do governo britânico, e hoje pesquisador do Royal United Services Institute.

Hoje em dia, é cada vez mais frequente que as atividades de extremistas on-line se refiram menos a grupos militantes que deliberadamente recrutam pessoal para suas causas e mais a indivíduos vulneráveis e isolados que estão em busca de um senso de comunidade que lhes falta.

"Uma pessoa pode se radicalizar na internet", disse Richard English, diretor do Centro do Estudo do Terrorismo e da Violência Política da University of St Andrews, Escócia. "E é muito mais difícil para as autoridades manterem a vigilância quanto a isso."

É difícil prever esse tipo de ameaça, mas não impossível. Scott Stewart, um ex-agente de segurança norte-americano, diz que há momentos decisivos nos quais até os mais solitários dos "lobos" podem ser detectados.

A prova disto está no diário de Breivik publicado na internet aonde está bem claro que ele sabia que os momentos em que estave mais exposto foram quando procurava por fertilizantes (para fabricação de bombas) e armamento e ninguém percebeu e/ou questionou essas suas atitudes publicas e completamente fora da rotina de um cidadão comum.


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